Sobre a representação do indivíduo em três trabalhos fotográficos
Resumo
Este artigo está inserido em uma temática geral: a representação do indivíduo na fotografia. Como o assunto é demasiado extenso, gostaria de retomar sucintamente alguns aspectos da constituição da fotografia como linguagem no século XIX e algumas de suas implicações na representação do sujeito retratado. A partir daí, meu objetivo é analisar o trabalho fotográfico que venho realizando com os carroceiros da Regional Leste de Belo Horizonte, desde 2010, por meio de uma comparação com dois trabalhos fotográficos contemporâneos – Antropologia da Face Gloriosa (1997), de Arthur Omar e Marcados (2009), de Claudia Andujar. Para isso, uso como ferramenta analítica os conceitos de rosto unívoco, corpo polívoco e devir-animal trabalhados por Deleuze e Guattari, e estendidos a outros autores, como David Le Breton e José Gil. Ainda que os trabalhos analisados partam de pressupostos, assuntos, objetivos e tratamentos formais bastante diversos, convergem ao entender a fotografia como articuladora de um encontro com o outro. Mais que isso, a fotografia e o ato fotográfico se apresentam como potência relacional – tanto de ação quanto de discurso sobre esse encontro.
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