O antropólogo e a vida

Ana Maria Ramo y Affonso

Resumo


A partir das teorias propostas por Eduardo Viveiros de Castro em A propriedade do Conceito, por Marilyn Strathern em O Gênero da Dádiva e por Roy Wagner em A Invenção da Cultura, o presente artigo é uma reflexão sobre a interseção entre metodologia e ética na prática antropológica, principalmente no campo da etnologia. Considerando que a Antropologia é ao mesmo tempo um modo de conhecimento e uma relação social, o artigo busca mostrar a importância dos modos em que o antropólogo estabelece e interpreta as suas relações no campo para o desenvolvimento de seus argumentos teóricos. A importância de explicitar os nossos pressupostos e de tentar perceber os problemas colocados por outros povos, assim como os modos de colocação desses problemas, não é só uma questão teórica ou metodológica, mas ética e política, cujo alcance poderá ser, sempre e ao mesmo tempo, maior e mais profundo. Desse alcance dependem o papel e o efeito da Antropologia junto às populações que a tornam possível, e em referência às políticas públicas e às relações com a sociedade nacional.


Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.