HUME SOBRE A MÁXIMA CAUSAL: CONCEPTIBILIDADE E POSSIBILIDADE | Santos | Kriterion: Revista de Filosofia

HUME SOBRE A MÁXIMA CAUSAL: CONCEPTIBILIDADE E POSSIBILIDADE

Rafael Bittencourt Santos

Resumo


Uma das críticas mais contundentes ao argumento de Hume contrário ao status a priori ou logicamente verdadeiro da máxima causal – a de que todo evento deve ter uma causa – é a de Anscombe. Ela critica a passagem de Hume da contingência das associações causais particulares – que este evento deva ter esta causa – para a contingência de qualquer causa – que este evento tenha que ter alguma causa. Meu objetivo é defendê-lo da sua crítica, argumentando que o raciocínio de Hume depende de premissas anteriores do “Tratado da Natureza Humana”, particularmente da sua filosofia da percepção e da sua filosofia do tempo. A apreciação dessas premissas torna o seu argumento mais interessante e menos vulnerável às considerações de Anscombe.

Texto completo:

PDF

Referências


ANSCOMBE, G. E. M. “Causality and determination”. In: E. Sosa; M Tooley (ed.), 1993. pp. 88-104.

_____. “Times, Beginnings, and Causes.” In: A. Kenny (ed.), 1986. pp. 86-103.

_____.“‘Whatever has a beginning of existence must have a cause’: Hume’s argument exposed.” Analysis 34.5, April 1974, pp. 141-151.

BERKELEY, G. “Obras filosóficas”. Tradução de Jaimir Conte. São Paulo: Ed. UNESP, 2010. [PHK]

BERTO, F., SCHOONEN, T. “Conceivability and possibility: some dilemmas for Humeans”. Synthese, Vol. 195, Issue 6, 2018, pp. 2697–2715. DOI: 10.1007/s11229-017-1346-7.

DESCARTES, R. “Oeuvres de Descartes”. Ed. Charles Adam & Paul Tannery. Paris: Libraire Philosophique J. Vrin, 1996. [AT]

GARRETT, D. “Cognition and Commitment in Hume’s Philosophy”. Oxford: Oxford University Press, 1997.

HUME, D. “Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral”. Tradução de José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Ed. UNESP, 2004. [IEH]

_____. “Tratado da Natureza Humana”. Tradução de Deborah Danowski. 2ª edição revista e ampliada. São Paulo: Ed. UNESP, 2009. [TNH]

KENNY, A. (ed.). “Rationalism, empiricism, and idealism”. Oxford: Oxford University Press, 1986.

KNEALE, W. C. “Probability and Induction”. Oxford: Oxford University Press, 1949.

LOCKE, J. “Ensaio sobre o entendimento humano”. Tradução coordenada por Eduardo Abranches de Soveral. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1999. [“Ensaio”]

NOONAN, H. “Hume on Knowledge”. London: Routledge, 1999.

OSBORNE, G. “Hume’s Argument in Treatise 1.3.3.3: An Exposition and Defense”. Hume Studies, Vol. 31, Nr. 2, 2005, pp. 225-248.

OWEN, D. “Hume's Reason”.Oxford: Oxford University Press, 1999.

RYAN, T. “Hume’s Argument for the Temporal Priority of Causes”. Hume Studies, Vol. XXVIX, Number 1, April 2003, pp. 29-41.

SOSA, E.; TOOLEY, M. (ed.). “Causation”. Oxford: Oxford University Press, 1993.

STROUD, B. “Hume”. London: Routledge, 1977.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.