Repensando o corpo biotecnológico: questões sobre arte, saúde e vida social

Érica Renata de Souza, Marko Synésio Alves Monteiro

Resumo


Neste artigo pretendemos ampliar as discussões que temos realizado sobre a questão da reconstrução dos corpos possibilitada pela tecnociência contemporânea, focando especificamente as implicações teóricas para a condução de análises desse processo a partir das Ciências Sociais. Primeiramente, colocaremos em evidência os pressupostos teóricos que orientam o uso das categorias “corpo” e “tecnologia”, tornando-as mais específicas. Em um segundo momento, discutiremos exemplos nos quais corpos estão sendo reconstruídos por tecnologias, a fim de pensar as implicações dessas práticas de manipulação na vida cotidiana e na arte. Considerando que os desenvolvimentos das diversas biotecnologias superam em velocidade a nossa capacidade social de debater as suas consequências, estamos em pleno processo de reorganização das nossas expectativas e normas de conduta com relação aos nossos próprios corpos. Nesse contexto, desenvolveremos nossa argumentação sugerindo que a experimentação com o corpo toma, atualmente, um caráter que é, ao mesmo tempo, estético e ético/político. Além disso, essas novas possibilidades também estão relacionadas à produção de corpos que articulam estética, saúde e vida social, uma vez que o corpo humano é performado nas suas relações com outros corpos e com o meio.


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