O dizer do rosto na paisagem vestigial do holocausto e o gesto político do olhar na montagem fotográfica
Resumo
O ensaio Cascas, de Didi-Huberman, ao confrontar passado e presente na montagem de uma imagem dialética, revela o rosto das paisagens por ele fotografadas em Auschwitz-Birkenau. Este artigo produz uma reflexão sobre tal ensaio buscando evidenciar o dizer do rosto como dimensão sensível que não pode ser encampada totalmente pelo visível. Argumentamos que o sensível revelado pela montagem fotográfica não equivale ao visível: Didi-Huberman escuta a voz que grita do solo e das ruínas de Auschwitz deixando-se afetar pela aparição de outros distantes. A nosso ver, ele promove uma apresentação do rosto lévinasiano nas imagens através de um gesto político do olhar que mostra uma relação comunicativa de acolhimento e hospitalidade.
Palavras-chave: Rosto. Paisagem. Holocausto. Política. Fotografia.
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