Filme, feitiço: sobre humanos e não-humanos em Jaguar
Resumo
A irracionalidade animal foi um marco para o homem imaginado na filosofia como espécie privilegiada pela razão. Nessa perspectiva o animal opera como símbolo do que fomos e “nós” gozamos de uma exclusiva unidade dual relacionada ao corpo e à alma – negros, e demais povos indígenas, representando um grau de sub-humanidade equivalente aos animais. Evocando um sistema de predação-familiaridade que agencia seres humanos e não-humanos na África subsaariana colonial, este artigo pensa a etnoficção Jaguar (Jean Rouch, 1954-67) e suas relações interespécies.
Palavras-chave: Jaguar. Etnoficção. Relações interespécies. Jean Rouch.
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