Maria Antonieta: melancolia, política, tempo

André Antônio Barbosa

Resumo


Em Maria Antonieta, de Sofia Coppola, a presença de tempos mortos, planos dilatados, momentos “banais” e a caricaturização irônica dos personagens trazem à tona um forte sentimento de melancolia. Há, por outro lado, uma afirmação singular da vida, que privilegia a fugacidade e a finitude desta, sobretudo através dos papéis que as cores, o figurino e a trilha sonora exercem na mise en scène. Essa “dialética” se instala a partir de um mergulho anacrônico e nostálgico nos lençóis e camadas do tempo.

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